Texto: Emerson Vianna
Me vi,
Tantos espelhos, tantas imagens,
E tarde me vi.
Encontrei algo de que não gosto,
Desespero e dor!
Falta de sonhos,
Olhos turvos,
Dedos e mãos amaradas,
Portando morte!
Me vi,
E as ruas refletiam,
E gritavam, coisas sujas.
E me vi, e não queria ver!
Era o monstro que me assustava na infância!
Devorando ainda crua ali
Eu vi!
E o ao redor me vi,
Vi pedacinhos de mim,
Em outros rostos, e foi ruim.
Amargo, ver-me!
Tinha nas mãos sangue e acusação,
E me vi, rasteiro verme!
Entre lixo, e malditos, me vi!
Sujo, e me vi.
Poluído, contaminado e impuro,
e nas costas um mundo de dor e vergonha,
Dedos apontando, como se não fosse minha a face humana,
Fosse eu um bicho!
A vi vidas se esvaindo,
Na toxica fumaça,
Não busco redenção,
Só a cegueira de antes,
Quando olhava e não me via,
E era feliz, na ignorância!
Quando escutava e não me ouvia,
E era feliz com minha doce e enganosa surdez!
Maldição, me vi!
E era eu morrendo ali!
Tantos espelhos, tantas imagens,
E tarde me vi.
Encontrei algo de que não gosto,
Desespero e dor!
Falta de sonhos,
Olhos turvos,
Dedos e mãos amaradas,
Portando morte!
Me vi,
E as ruas refletiam,
E gritavam, coisas sujas.
E me vi, e não queria ver!
Era o monstro que me assustava na infância!
Devorando ainda crua ali
Eu vi!
E o ao redor me vi,
Vi pedacinhos de mim,
Em outros rostos, e foi ruim.
Amargo, ver-me!
Tinha nas mãos sangue e acusação,
E me vi, rasteiro verme!
Entre lixo, e malditos, me vi!
Sujo, e me vi.
Poluído, contaminado e impuro,
e nas costas um mundo de dor e vergonha,
Dedos apontando, como se não fosse minha a face humana,
Fosse eu um bicho!
A vi vidas se esvaindo,
Na toxica fumaça,
Não busco redenção,
Só a cegueira de antes,
Quando olhava e não me via,
E era feliz, na ignorância!
Quando escutava e não me ouvia,
E era feliz com minha doce e enganosa surdez!
Maldição, me vi!
E era eu morrendo ali!
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